Em um estilo de vida em que a mente obscurecida e os sentidos do corpo ditam as regras, o homem já não compreende e nem se submete aos parâmetros do espírito. Já não se submete às leis divinas em seu interior, seu espírito está separado da comunhão com a Origem. Esse é o estilo de vida degradado sobre o qual Paulo nos fala: “Mortos em delitos e pecados, andando segundo o curso do mundo e do espírito que atua nos filhos da desobediência.” (Efésios 2.1-2).
Na Lei de Moisés a condição miserável do homem foi exposta. Ficou explícito o quanto estávamos distantes do Amor. Deus criou um referencial na terra, a humanidade voltou a entender que estava afastada do Santo. Por outro lado, o povo judeu foi luz no meio das nações. Ousou adotar regras morais e espirituais que ninguém mais seguia.
Para os demais povos, porém, aqueles novos costumes não passavam de preceitos ridículos e desprezíveis: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.” (Gálatas 3.24).
Ao reestabelecer a comunicação com os filhos – ainda que de maneira imperfeita – o Criador deu o mesmo conselho que havia dado ao casal Adão e Eva no paraíso. Mostrou dois caminhos que levavam a dois senhores diferentes: “Hoje estou pondo diante de vocês a bênção e a maldição. Vocês terão bênção, se obedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, que hoje lhes estou dando; mas terão maldição, se desobedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, e se afastarem do caminho que hoje lhes ordeno…” (Deuteronômio 11.26-28).
Mais uma vez não houve ameaça. Os únicos caminhos existentes foram colocados diante dos olhos do povo de Deus. Cada um era – como ainda é até hoje – livre para fazer escolhas. Enfim, os mandamentos e as regras morais e cerimoniais dadas ao povo judeu, exigia um padrão de vida que somente a natureza do próprio Deus – o Amor – poderia financiar. A Lei mostrou que sem a natureza de Deus, morto espiritualmente, o ser humano pode até viver a paixão, mas não o amor.
Sem esse amor do tipo de Deus matamos, traímos, roubamos, somos infiéis, desleais, gananciosos, desonramos o nosso semelhante e consequentemente não adoramos a Deus. A Lei revelou o quanto somos malignos sem o amor, e dessa maneira assumimos a conduta de rebeldes e não de adoradores, já que adoração é constituída de ações humanas que correspondem à inspiração do Amor.
A aliança de Deus com Israel apontava para Cristo, e Cristo deu o que a Lei não poderia dar: o amor que nos transforma por dentro. Em Cristo, Deus amou o mundo de uma maneira inexplicável, para que todo aquele que nele crer não pereça sem o amor, mas, receba a vida que somente o amor pode dar (João 3.16).
Extraído do livro “LOUVOR, ADORAÇÃO E AS COISAS DO CORAÇÃO” | Manassés Guerra
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