Você recebe uma carta de cobrança referente a uma dívida que contraiu em um determinado estabelecimento comercial. Digamos que sou um grande amigo seu, muito conhecido na cidade, homem poderoso e muito rico. Vou com você até a loja que lhe enviou a cobrança e, com a voz impostada, reivindicando a minha influência e autoridade, ordeno que cancelem a dívida. A minha reivindicação parte do pressuposto de que sou influente e poderoso. E entra em questão por causa da amizade que tenho com você. No entanto, nada consigo, a não ser uma séria discussão com o gerente do estabelecimento. Ora, você fez negócios e se comprometeu com o pagamento do que fora adquirido. Como agora posso ignorar tal legitimidade? Ilógico não? Agora, suponhamos que eu, influente, poderoso e rico, vou com você até a referida loja. Pergunto: “Qual o valor da dívida deste meu amigo?”. O gerente responde: “É muito alto!”. Eu insisto: “Por favor, faço questão de saber qual a quantia!”. O valor então é informado. De posse de um cartão que debita o valor na minha conta, faço o pagamento. Poucos segundos depois, a dívida está quitada. Veja bem, nessa situação hipotética, não foi a minha presumida influência ou autoridade que beneficiou você. Também não foi a nossa amizade. Mas o fato de eu ter reconhecido a legitimidade da dívida e, utilizando-me de minhas posses, ter pago exatamente o valor devido, assumindo-o integralmente.
Foi exatamente isso que Deus fez, por meio de Jesus, na obra da redenção. O supremo Deus não reivindicou, diante de Satanás e das potestades das trevas, a sua soberania ou a qualidade de ser o Todo-Poderoso, para decretar categoricamente o perdão da humanidade. Afinal, a salvação não é resultado de uma ofensiva sorrateira da soberania de Deus. O Pai nos declara justos porque no ato da substituição a justiça de Jesus nos foi transferida. Isso porque, antes de tudo, ele assumiu a nossa culpa. Com justiça ele quitou a nossa dívida, assumindo a elevada quantia que nos era exigida – pagando com a própria vida. Só assim ele pôde cancelar e rasgar o escrito de dívida que era contra nós (Colossenses 2.14).
Deus fez justiça quando lidou com o nosso pecado de forma justa. Ele não nos liberou ignorando ou encobrindo o nosso pecado. Jesus se tornou pecado e maldição, para que definitivamente, fôssemos livres do pecado e de suas consequências. E uma vez que se tornou um de nós, embora os méritos do seu próprio sangue tenham sido suficientes para tirá-lo da morte, ele precisou crer em Deus para que, pelo poder do Espírito Santo o ressuscitasse: “Ó força minha, vem logo em meu socorro! E tu me respondeste.” (Salmos 22. 19,21). “Mas Deus o ressuscitou dos mortos, rompendo os laços da morte, porque era impossível que a morte o retivesse.” (Atos 2.44). Ele recebeu a salvação do mesmo modo como os demais crentes também a receberiam – pela fé na justiça de Deus!
Portanto, Jesus tomou sobre si as nossas transgressões, foi algemado, acorrentado pelo pecado, sendo salvo somente pelo próprio Deus, o justo juiz. A sua ressurreição foi a libertação dos grilhões impiedosos da morte. Da mesma forma, crendo na ressurreição de Jesus somos salvos por sua vida (Romanos 10.9,10).
Extraído do livro “A FESTA DA REDENÇÃO” | Manassés Guerra
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