Através do povo judeu Deus obteve legalidade para organizar e realizar a obra de redenção da humanidade. Por meio de alianças, deveres e direitos recíprocos foram a chave para o plantio, nascimento e florescimento da Semente da Salvação, que viria por meio de Jesus. Todo o desenrolar do Antigo Testamento é a preparação para a vinda do Messias. Na continuidade do processo em que Deus firma acordos mútuos com indivíduo, família e nação, surge o momento em que ele chama o homem, por meio da Lei, para o tornar consciente de sua culpa.
A lei mosaica significa o pecador, na sua carnalidade, tentando alcançar Deus. O Justo Juiz promulgou a Lei, por meio do seu porta-voz Moisés, para que o homem percebesse sua incapacidade de restabelecer em si mesmo a adoração. Por isso a Lei serviu como “aio”, ou seja, um guia que revelou a degradação humana diante do caráter de Deus e nos guiou até o Justo e Justificador – “ De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé”. (Gálatas 3:24). A Lei esclareceu a maldição sob a qual a humanidade estava sujeita, trazendo à luz uma lacuna que só Cristo preencheria.
A aliança divina com o homem, por meio da Lei e do sangue de animais, alcançava toda nação israelita e a condição miserável do homem, diante da santidade de Deus, ficou claramente exposta. Perante a justiça e santidade de Deus, o pecado da humanidade foi sentenciado. Mas, o Cordeiro que tomaria o castigo que traria a paz, e estabeleceria o pacto perfeito com Deus, foi a salvação.
Portanto, a lei foi estabelecida como uma norma para a conduta humana, através da qual o pecado seria conhecido e a incapacidade humana reconhecida, ficando comprovada legalmente a condição de destituição e incapacidade do pecador, diante da natureza divina. Ou seja, Deus convidou o homem para subir para o seu nível, mas este não conseguiu e jamais conseguiria.
A Lei Mosaica, portanto, foi um rascunho da condição espiritual em que a humanidade se encontrava. O homem não via na dimensão espiritual de Deus, então Deus revela-se na dimensão dos sentidos em que este se encontrava. Em Levítico há uma profecia importante sobre o sacrifício e sua função:
“E porá a mão sobre a cabeça do holocausto,
para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação”.
Levítico 1.4
Jesus foi o Sacrifício pelo pecado de toda humanidade. No tempo da Lei, o ofertante deveria tocar o sacrifício por ele oferecido, para que o mesmo fosse aceito em seu benefício. Jesus foi “tocado” por Caifás, representante da nação Israelita e por Pilatos, governo Romano, representando os povos gentílicos. Nas mãos de judeus e gentios, ele tornou-se o sacrifício perfeito. Tanto o tabernáculo como os sacrifícios eram sombras que apontavam para a Substância, Cristo!
Extraído do livro “O DESVENDAR DA ADORAÇÃO” | Manassés Guerra
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