O Justo Juiz protestou a legalidade do julgamento que o Enganador coordenou para condenar e sentenciar Jesus. E no acerto de contas, reivindicou a morte do Cordeiro inocente como pagamento pelo resgate da humanidade. Deus não iria deixar por isso mesmo o que havia acontecido com o seu filho. O Pai não permitiria que a honra do Unigênito – agora Primogênito – fosse maculada. Então exigiu uma indenização – uma reparação justa por toda vergonha e tormento experimentados por Jesus. Cristo sofreu injustamente e o reto Juiz exigiu uma compensação por tamanha desonra.
Você pode imaginar qual foi a reivindicação de Deus? Todas as pessoas que ele tanto amou! O diabo teve de devolver ao Criador a coroa da sua criação. E ainda mais, fomos devolvidos sem culpa e sem condenação. E assim, qualquer pessoa pode requerer sua salvação pela fé, pois em Cristo já se tornou justiça de Deus. Por causa da inocência do réu, Deus reivindicou ressarcimento pelos danos morais e materiais que Jesus sofreu, e a humanidade foi devolvida para Deus. Além do mais, o deus desse século foi condenado à separação eterna e definitiva de Deus e da sociedade dos homens, e seu cumprimento de aproxima.
Como substituto, assumindo plenamente a condenação de morte imposta aos homens, Cristo cumpriu tudo o que exigia a justiça, e no seu julgamento foi inocentado, recebendo a redenção da humanidade pelo preço que pagou com a sua própria vida. Deus julgou a causa de Jesus. O que ele sofreu injustamente, era exatamente o que nós merecíamos. Assim, a condenação que Jesus cumpriu injustamente, Deus transferiu para a humanidade. Dessa maneira, a sua morte foi suficiente para satisfazer o justo juízo que recaía sobre nós, e nos inocentar.
Quando o julgamento de Jesus foi considerado sem efeito, ele teve de volta seu direito à vida, de que foi privado injustamente e, assim, ressurgindo, venceu o pecado, a morte e o inferno: “Eu os redimirei do poder da sepultura; eu os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, as suas pragas? Onde está, ó sepultura, a sua destruição?” (Oséias 13.14). Depois de cumprir, em Cristo, as exigências legais para transformar o homem culpado em inocente, Deus expôs as injúrias de Satanás, fazendo-as recair sobre o próprio Contraventor, que desde o princípio mentiu contra o bem e a verdade.
Deus sutilmente entrou no território frio e decadente do diabo para reconstruir, das cinzas, o que já havia sido dado como morto: o filho que se havia perdido. O Inimigo, que outrora tentou fazer ouvir a sua voz nas alturas dos céus – a voz da rebelião, da maledicência – agora, estava frente a frente com o Verbo de Deus, que reorganizando todas as coisas. E o grande Redentor que, aparentemente estava derrotado na morte, arrasou o Acusador no seu próprio território infernal: “Para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo.” (Hebreus 2.14).
Ao ressuscitar Jesus, Deus trouxe à existência uma nova raça: homens e mulheres recriados à imagem e semelhança do Cristo que venceu o pecado, a morte e o império das trevas. Este novo homem que nasce de novo não tem passado, não tem pecado. É a própria justiça de Deus. Assim, a justiça de Cristo é transferida para o pecador, que é recebido por Deus através da graça, como justo, redimido e santificado: “Não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. Ele o fez a fim de que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna.” (Tito 3.5-7).
Extraído do livro “A FESTA DA REDENÇÃO” | Manassés Guerra
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