Adoração e Serviço

Adoração e Serviço

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem. E Deus os abençoou e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra, sujeitai-a, dominai-a.” (Gênesis 1.27-28). O Deus que deu ao homem a natureza para ser filho, deu a ele também a vocação e o propósito para empreender no Reino. Sujeitar a terra significa assumir a posição de filho do Dono. Em Cristo, somos reconduzidos ao governo, e isso nos chama ao trabalho: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras…” (Efésios 2.10). As “boas obras” que Paulo menciona são as mesmas designadas por Deus desde o princípio da humanidade:

A adoração está intimamente conectada com o governo humano sobre a terra. Ou seja, o Reino, através dos reis e sacerdotes. Deus nos fez de novo herdeiros legítimos, não servos. Servidão é a condição irrestrita de realizar uma tarefa imposta. Como filhos, tomamos conta dos negócios do Pai. E a obra de Deus nunca deve ser fundamentada em autossuficiência humana, mas na suficiência de Deus. O nosso serviço a Deus é a maneira que ele tem de servir o mundo. E isso não é troca de favores, não é para que ele faça algo em troca. Ele já nos favoreceu com o seu amor e com a graça que nos eleva além das impossibilidades.

Quando nossos olhos estão em nós mesmos, abrimos mão da inspiração de Deus. É como se decidíssemos viver por conta própria. E se há falta de inspiração Divina, consequentemente há ausência de adoração, pois não temos o fruto da sua graça para oferecê-lo. E se Deus não recebe adoração, as obras humanas não têm sentido. Nesse processo interativo, somos servidos pelo Criador antes mesmo de servi-lo. Ele nos oferece a inspiração para, somente depois, arregaçarmos as mangas. É a excelente graça de Deus que dá sentido ao nosso propósito e vocação, para um tipo de ação que derrota a mediocridade: “Quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Coríntios 12.10).

Os recursos ilimitados para uma vida de resultados estão na Fonte e, inspirados na Fonte, correspondemos à altura da expectativa que Deus tem em nós. Se todos entendessem a suficiência da graça divina disposta para financiar a existência humana, certamente não haveria fracassos pessoais. É a graça que o salmista Davi chama de “ribeiros de águas”. E a vida de adoração inspirada por essa graça é como a árvore plantada junto a esses ribeiros, “a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.” (Salmos 1.3).

Sem direção espiritual somos guiados por desejos e necessidades, perdendo a oportunidade de realizar um propósito inspirado. É certo que os planos com Deus são melhores do que os que fazemos sozinhos, até porque os planos para nossa vida emanam de Deus e ele mesmo já esteve no final para concluí-los com sucesso: “Que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade” (Isaías 46.10). O Pai deseja o nosso sucesso, até mais do que nós mesmos desejamos. Primeiro, porque ele nos ama e, segundo, porque as nossas ações são a maneira que ele tem de servir as pessoas.

Extraído do livro “LOUVOR, ADORAÇÃO E AS COISAS DO CORAÇÃO” | Manassés Guerra
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