Aquele que não Conheceu Pecado

Aquele que não Conheceu Pecado

Posso ver a cena: O velho homicida propõe soltar Jesus, devolvê-lo ao seu Pai, com um pedido de desculpa. Mas, como Deus iria aceitar isso? E toda a mácula sofrida? E a desonra? E os danos terríveis causados ao Filho amado? Os pecadores deviam ao diabo as suas próprias vidas. Jesus, contudo, não lhe devia nada! O filho do homem padeceu injustamente. Ele se entregou para sofrer por nós e transferir para todos os pecadores a isenção da culpa e da punição.

O Acusador protestou o quanto pôde, sem êxito. Em seguida, foi convidado a constatar a trajetória sem mácula de Jesus. O sangue derramado na cruz tornou-se a moeda apropriada para inocentar Jesus e resgatar a humanidade. O diabo estava tão convicto de que havia conseguido a façanha de matar Jesus. Entretanto, seus planos desmoronaram quando ele descobriu que a morte de Jesus deu a Deus a solução para o pecado da humanidade.

É claro que Deus não aceitou o pedido de desculpas. Para o Criador, não se tratava apenas de uma questão de liberar Jesus do inferno para que tudo ficasse “resolvido”. Cristo havia sido morto injustamente e agora, a sua morte torna-se o preço pela justificação dos pecadores. O nosso Salvador poderia agora agir em nome de todos os homens: atormentados, massacrados e vituperados por Satã.

Foi desta maneira que Deus, não apenas nos resgatou das trevas, como também vingou o sangue do seu Filho, e a crueldade a que foi submetido. O que o Salvador sofreu era exatamente o que os pecadores teriam de sofrer para pagar a dívida do pecado. Tratava-se do sofrimento e dos tormentos que a humanidade atraiu para si ao se afastar de Deus e por isso era castigada nas mãos do diabo: “Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades.” (Isaías 53.5)”.

Sim, Deus exigiu Jesus de volta, e reivindicou, com ele, a reparação de todos os danos sofridos. O Pai, por direito, requereu uma indenização justa. E nada mais justo do que o Filho receber de volta a vida que agora poderia ser repassada também aos seus irmãos, filhos do Pai celestial, já que ele havia morrido no lugar da humanidade. Deus foi bem específico na sua exigência: Eu quero a humanidade de volta nos meus braços.

O Inimigo sabia que não se tratava de alguns, apenas, que se adequariam à troca que Deus estava exigindo. Na verdade, toda a humanidade receberia o direito de ser livre através do sacrifico do Filho de Deus. Satanás não contava com tamanha surpresa. Finalmente, ele entendeu que o que ali estava acontecendo era a redenção da humanidade. Deus havia realizado, por meio de Jesus, uma perfeita substituição. O diabo estava diante do Cordeiro de Deus, aquele que havia sido prometido no Éden: a Semente da mulher que feriria a cabeça da serpente.

Um motivo justo para a morte de Jesus não poderia ser apresentado. No entanto, Deus deu um sentido para tudo o que ele sofreu, quitando o pecado dos homens com o sofrimento imerecido de seu Filho amado. Quando ele fez isso, tanto libertou a Cristo – que era inocente de fato – como também nós, que tivemos a nossa dívida quitada com a sua morte e justiça.

Jesus teve os méritos que não possuíamos para vencer o pecado e a morte, e ressuscitar. Ele era inocente e nós, culpados. Portanto, Jesus foi absolvido porque foi contado injustamente com os pecadores: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5.21).

Extraído do livro “CRÔNICAS DE DAVI NO REINO DO MESSIAS” | Manassés Guerra
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