Quão magistral esse momento. Terrivelmente perturbado ficou Satanás e os demônios quando Deus interrompeu a festa dos touros de Basã. O Clamor aflito do Filho – “Ó minha força, vem logo em meu socorro! Livra-me da espada, livra a minha vida do ataque dos cães. Salva-me da boca dos leões e dos chifres dos bois selvagens. E tu me respondeste! (Salmo 22.19-21)” – foi respondido à mesa preparada com requinte na presença dos seus inimigos!
Embora Jesus tenha descido à prisão como mais um dos pecadores, o momento da verdade chegou: Deus interrompeu o teatro diabólico e exigiu explicações. Posso ouvir o descompasso da cadência musical que estrondava o inferno. O ritmo da celebração maligna despencou até tornar-se mórbido e melancólico. Afinal de contas, Deus dava início ao som de trombetas e ao rufo dos tambores, a um tão esperado acerto de contas, com aquele que se dizia o porta-voz das nações.
Chegou, definitivamente, a hora da verdade. Ficaria claro, de uma vez por todas, quem era de fato o mentiroso, trapaceiro e corrupto. O inferno ficou despido diante do Juiz de todos os espíritos. Um estonteante brado de basta! E subitamente, diante dos demônios, uma grande plateia fica de pé. Eram milhares de criaturas que formavam uma densa e assustadora nuvem de testemunhas – tanto nas celas eternas dos homens sentenciados, como também no recinto da espera pelo resgate, o seio de Abraão – e milhares de seres angelicais.
Todos com os olhos fitos em Jesus e silenciosamente aguardando as próximas cenas deste tão enigmático evento. Jesus, que agora estava no centro de todos os demônios – que não paravam de recuar – e Satanás, que rastejando e grunhindo, tentava se aproximar de Deus, tentando reparar o tão grande fiasco.
As palavras de Deus foram diretas e cortantes. Ele exigiu do Acusador uma explicação. Tinha assistido à prisão de Jesus, à condenação absurda e corrupta, à crucificação e à prisão no calabouço. Porém, Deus ordenou que Satanás mostrasse as provas e evidências dos crimes que o Filho do homem supostamente havia cometido.
Já que os homens, sob o comando das trevas, tinham chegado à decisão extrema de sentenciar o seu Filho à morte, onde estavam as provas? E uma vez que o diabo somente reafirma suas mentiras e trapaças, contando vantagem sobre Jesus, Deus, o justo Juiz, intervém.
Extraído do livro “CRÔNICAS DE DAVI NO REINO DO MESSIAS” | Manassés Guerra
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