As crises exigem dos líderes equilíbrio e sabedoria. De um lado, você precisa usar todos os seus recursos para compreender e resolver a crise. Você tem que liberar muito tempo e energia para lidar com a situação. De outro, ao mesmo tempo, também é necessário isolar todas essas atividades numa espécie de compartimento e prosseguir como se nada estivesse errado. Esse é o ponto geralmente esquecido pelos líderes – para o seu arrependimento. Pois quando você se concentra apenas na crise, é possível que ela absorva toda a organização, sugando-a para um redemoinho de culpa, pavor e medo.
Geralmente esse ato de equilíbrio é de uma dificuldade brutal. No começo nunca se tem todas as informações necessárias. E as informações que você tenta ocultar acabam vazando e, à medida que passam por diferentes pessoas, se transforma, se distorcem e ficam cada vez pior. A única maneira de evitar essa deterioração é você mesmo expor o problema. Se você não fizer isso, esteja certo de que alguém o fará em seu lugar, agravando ainda mais a situação.
Na maioria das vezes, as crises o pegam desprevenido. Começam com alguém que o aborda do nada e lhe pergunta: “Você soube da última?’. Ou com um e-mail ou telefonema bombástico. Com frequência os gestores perdem muito tempo no início da crise, negando a própria crise. É muito melhor adiantar-se ao problema, revelando a sua real natureza, antes que alguém o faça em seu lugar.
Um famosos executivo disse certa vez: “Não admira que a gestão de crises frequentemente seja chamada de ‘apagar incêndios’”. Antes que você tenha que combater incêndio, dedique um tempo diário para liderar as pessoas sob sua liderança, que trabalham a partir da confiança que você delega. Resolver um problema depois que ele já ganhou proporções desastrosas é muito mais difícil do que evitar seu aparecimento ou resolve-lo quando ainda é pequeno.
Segundo um especialista em gestão de pessoas, à medida que você desenvolve habilidades para gerenciar crises, aprende também a evoluir de “Meu Deus, essa não!” para “Tudo bem, a gente sai dessa”. Você pode olhar para a situação e ver a si mesmo como vítima. Ou pode encara-la sob outra perspectiva e sentir-se motivado a superar os desafios e promover novas oportunidades.
Porém, mesmo aprendendo lições com outras crises, não dependa apenas da experiência para se tornar imune. Avaliar cuidadosamente e com antecedência quem vai integrar a equipe, implantar sistemas de prestação de contas – gestão de pessoas, recursos e financeira e sustentação da visão e valores – e desenvolver uma cultura de integridade, são alguns dos controles para prevenção de crises.
Extraído do livro “LÍDER PARA VOAR” | Manassés Guerra
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Verdade que liberta, agora o desafio é fazer o líder ter consciência para haver arrependimento e humildade para revelar suas deficiências, pois todo o líder para sobreviver na liderança precisa ser vulnerável, pelo fato de não ser super herói.
A conta tem que fechar, senão o dano começa em sua própria família, coisa que muitos líderes acabam se alto sabotando para manter algo externo que no momento não pode sustentar.
Na real o líder precisa de cuidado da mesma forma que cuida de seu liderado .