A cruz é o ápice do começo do suplício de Cristo. A cruz é o ponto alto do início e não foi o término de tudo. Na cruz, a feiura que Cristo assumiu quando ficou parecido com os pecadores, é vista pelos olhos dos homens que o reduziam a nada: “Assim como houve muitos que ficaram pasmados diante dele, sua aparência estava tão desfigurada, que ele se tornou irreconhecível como homem, não parecia um ser humano.” (Isaías 52.14).
A morte de Jesus estava destinada a acontecer, já que para esse fim ele veio. O julgamento obscuro e infundado precisaria ser feito. Na cruz, Jesus assumiu a condição de maldito e, assim, atraiu para si toda a maldição consequente do pecado: miséria, enfermidade, morte espiritual e morte física.
Por diversas vezes, os escritores das epístolas, no Novo Testamento, referem-se aos resultados da obra de Cristo, fazendo menção da cruz. Veja alguns exemplos: “Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo. E por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão nos céus, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz. E cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz.” (Gálatas 6.14. Colossenses 1.20. Colossenses 2.14,15 – Grifos do autor).
A maneira mais humilhante e deplorável que os algozes de Cristo encontraram para satisfazer a insaciável sede por vingança – uma vez que consideravam Jesus um inimigo que os afrontava – foi a cruz: “Crucifica-o! Crucifica-o!” (Lucas 23.21). Mas, esta mesma cruz seria a maldição que faria de Jesus o maldito, para redimir os malditos. No entanto, o que Jesus incorporou na cruz teve validade e significado porque ele desceu ao inferno para cumprir o castigo imposto aos pecadores. A sentença de maldição que na cruz havia sido decretada: “Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro” (Deuteronômio 21.23/Gálatas 3.13) teve que ser cumprida na prisão cruel – o inferno – onde os homens estariam mortos para sempre. Ou seja, ele cumpriu o que lhe foi imposto.
É certo que Satanás não imaginava no que Deus transformaria a cruz. Como disse o apóstolo Paulo, os poderosos desta era jamais teriam crucificado Jesus se soubessem qual era a intenção de Deus ao permitir que o diabo o crucificasse (1 Coríntios 2.8). Tudo isso aconteceu por causa da sabedoria de Deus oculta em mistério, o Mistério que haveria de se revelar na plenitude dos tempos.
Extraído do livro “CRÔNICAS DE DAVI NO REINO DO MESSIAS” | Manassés Guerra
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