Ao ser criado, o homem foi inserido em uma bolha chamada tempo – um parêntese na sua existência, que é eterna. O dia e a noite, as horas e os minutos, os meses e os anos, foram postos à disposição do homem para que ele empreenda e escolha o seu destino.
Um período para administrar a propriedade que Deus o entregou, sabendo que a sua boa escolha o credenciaria para a glória do plano que Deus arquitetou. Além disso, a má escolha o excluiria desta glória e o tornaria despido da nobreza além do parêntese.
É certo que o homem agiu irresponsavelmente com o seu direito de escolha. Todavia, ao ludibriar Eva, o Diabo deixou respaldo para Deus vingar-se, por meio da descendência da mulher, desta ação maligna, desmascarando-o e aniquilando-o para sempre. Satanás agiu como homicida do sonho de Deus para o homem, contudo, a força da vida indissolúvel de Deus ressuscitaria este sonho em Jesus.
Na verdade, Adão não foi enganado, ele cometeu um ato de traição: “E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.” (1 Timóteo 2.14). E por causa da irresponsabilidade de Adão quanto à sua função de guardião, o diabo encontrou ocasião de penetrar no território dos humanos e dissuadir Eva, traiçoeiramente. Foi assim que Adão tornou-se conivente com o mal e se uniu ao Rebelde, aceitando comer do fruto proibido. Ele deveria ter, imediatamente, reagido contra Satanás, derrotando o mal e resistindo a tentação.
Ora, do ponto de vista físico, Adão foi criado com material tirado da terra. Eva foi extraída de Adão. O macho foi criado como o fundamento da família, e ele deveria instruir a sua família quanto à direção de Deus. Por isso, Adão tornou-se a base para a construção de um edifício imperfeito, a partir de sua má escolha.
Em Jesus, Deus entrou na bolha do tempo, no parêntese da existência em que o homem se encontra, para resgatá-lo das terríveis consequências que lhe sobrevieram por causa da rebelião e da perda da conexão com a eternidade. Para entrar em nosso mundo, Deus teve de se submeter às regras do tempo e do espaço, e restabelecer a correspondência entre o mundo visível e invisível, devolvendo ao espírito humano a liderança no mundo do lado de cá, sob a luz do Reino dos céus.
“Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne.” (Romanos 8.2,3).
Manassés Guerra
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