O primeiro Adão foi criado para alcançar o padrão de excelência e perfeição que a Palavra lhe propunha. O último Adão é o próprio padrão de excelência e perfeição encarnado, personificado. Cristo incorpora a estatura de varão perfeito proposta para a nova criatura da nova criação.
A Palavra escolheu o homem, antes mesmo que fosse criado, para ser santo e irrepreensível diante de Deus (Efésios 1.4). Jesus reivindicou a nossa predestinação na ressurreição. E assim pôde recriar o espírito humano, o íntimo do nosso ser, o nosso homem interior.
A Palavra que tomou sobre si o destino da raça humana decadente venceu a própria decadência e ressuscitou da morte como o primeiro ser da nova raça que ele gerou em si mesmo. Assim restaurou os filhos de Deus à vida eterna e à glória. A morte espiritual e física, a miséria que a humanidade assumiu quando se desligou da Palavra, Jesus tomou sobre si.
A sua obra de substituição o fez semelhante aos pecadores e malditos. Porém, ele transferiu para os pecadores a sua natureza divina, a ponto de transformar os pecadores em justos e dignos (Gálatas 3.13 / 2 Coríntios 5.21). O Unigênito tornou-se o primogênito dos muitos irmãos que se tornaram semelhantes a ele.
Em sua carta aos irmãos em Éfeso o apóstolo Paulo declara: “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, Deus nos vivificou juntamente com Cristo e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus.” (Efésios 2.5,6). Deus mesmo nos enche da sua própria vida para que vivamos conscientes da sua presença e do seu amor por nós.
A Palavra de Deus ensina ao nosso espírito e mente a sabedoria do próprio Deus, desvendando nós, a nós mesmos e nos instrui a como obtermos revelação a partir do coração. Deus, por meio do conhecimento da sua palavra, nos ensina e nos inspira a vivermos no ambiente da sua presença. A compreensão do que somos interiormente nos ajuda a entendermos melhor o propósito da nossa vida. Ou seja, produzir resultados visíveis do poder invisível que opera dentro de nós.
Portanto, a existência humana que se traduz em adoração é resultado da parceria entre Deus, o Pai, e o ser humano, seu filho, na revelação do Filho Jesus. É a nossa vida começando de dentro – não como um turbilhão de sujeiras emergindo de um espírito doentio, mas a beleza de uma vida que tem sua origem na influência e vigor da própria vida de Deus em nosso coração.
Este estilo de vida é, de fato, saúde para a alma e corpo. Isso porque a adoração é consolidada pela nossa parceria com a presença do Espírito Santo – a prática do discipulado que o nosso homem interior desenvolve com o Mestre Jesus.
Manassés Guerra
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