Os líderes amam o que fazem. Mas eles têm dificuldades para se afastar do trabalho. Eles continuam pensando, falando, debatendo a respeito do que empreendem. Imagine então abrir mão para que outra pessoa assuma aquilo que tanto amam? Para muitos líderes, sucessão significa abrir mão do poder. Isso significa a entrega definitiva de tudo o que já os empolgou, inspirou e teve significado. Na verdade, o ser humano tem muito medo de perder a importância. Por traz de cada palácio, ponte, livro, filme e monumento, houve o desejo de criar alguma coisa importante que sobrevivesse ao seu autor quando este partisse.
Porém, planejamento de sucessão significa o líder pensar a respeito do momento em que deixará de fazer o que faz, ou do modo que faz, confiando a responsabilidade a outro, e o legado para muitos. O escritor John Heider fez a seguinte observação: “O líder sábio não coleciona uma cabedal de sucessos. Ser líder é ajudar outros a encontrar o próprio sucesso. Há muitos caminhos por trilhar. Compartilhar o sucesso com os outros é muito gratificante”.
Tom Peters disse que líderes não criam seguidores. Eles criam mais líderes. É esse exatamente o sentido de existir o legado. Os verdadeiros líderes produzem novas gerações de líderes. Assim, o ideal é desmistificar a sucessão e planejá-la, pois, embora esse processo seja mais lento e trabalhoso, faz bem para a organização e para a família. Afinal, a sucessão é muito mais complexa que uma simples redistribuições de funções e responsabilidades, além de envolver muito mais pessoas que apenas o sucessor e o sucedido, e cada uma com visões, interesses e experiências diferentes.
O plano de sucessão é o ponto crítico para a perpetuação do legado. Quem vai deixar o cargo deve planejar a sua saída. Afinal, treinar e deixar um novo líder preparado demanda tempo. Ao invés de inibir o processo de sucessão é muito importante uma atitude transparente e realista. É crucial, por exemplo, que sucessor e líder atual separarem um tempo para conversar sobre o andamento do processo sucessório, promovendo um melhor alinhamento de expectativas e trabalhando eventuais resistências. Um consultor nesse assunto disse certa vez: “Ninguém é insubstituível ou existirá para sempre. Por isso é imprescindível ter alguém pronto para exercer a função no momento da sucessão.
Pensar na sucessão é pensar a longo prazo. Se você não se preocupa em passar o bastão, a eficiência da sua liderança e a qualidade do seu sucessor não serão significativos. Os líderes excelentes procuram certificar-se de que investem em líderes que levarão à frente o legado. Significa liderar hoje tendo em mente o amanhã.
Extraído do livro “LIDERAR É PRECISO” | Manassés Guerra
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