Descrição
No descortinar das Escrituras, me chamam a atenção os Salmos. E nesse caminho rumo ao que ainda estava porvir, Davi, nas suas crônicas messiânicas, atrai o meu coração para ver os detalhes assustadores do Grande Ato de Deus.
Cada detalhe do amor incondicional do Criador salta à nossa frente enquanto passeamos pelas alamedas, muitas vezes escuras e frias, dos Salmos de Davi. Nestes trilhos proféticos encontramos orações angustiadas ou desabafos desesperançados de quem via de longe a Promessa. O longo caminho é, de fato, cheio de espinhos, mas termina num oásis recompensador – onde encontramos os brados de júbilo do Messias, sempre vivos nas letras que nos abraçam.
Jesus incorporou a sombria missão de tomar para si a impotência, o fracasso e a indignidade do pecador. Ele afastou-se da comunhão com Deus para levar-nos de volta aos seus braços. Abriu mão dos seus direitos de Filho para devolver-nos todos os privilégios de pertencer ao Deus Pai e a sua família. Tornou-se insignificante, sem nome, filiação ou descendência, para ressuscitar como o primeiro de uma nova raça de filhos de Deus.
Davi foi intenso em repassar os seus presságios messiânicos. Ele viu muito além do seu tempo, dos seus lamentos, dos seus salmos de louvor a Deus. E, eu me apego ferozmente às suas profecias, sentindo a tristeza do Inocente que tomou o lugar dos rebeldes. Porém, tão logo me abato com a sua tristeza, consigo deliciar-me ao ouvir o brado de Deus, ora sussurrado e acalentado no peito, ora exibido em alto e bom som enquanto comemora a sua vitória, caminhando em nossa direção.
Um impetuoso brado irrompe o silêncio melancólico da espera, é o brado retumbante de Deus que desperta céus e Terra. O Criador, agora no seu trono, levanta-se para receber o Filho do Amor, o Rei dos reis, o Poderoso Guerreiro que venceu a grande batalha.
Todos estavam atônitos: “Quem é este que vem adentrando os céus, incorporando uma novidade da Terra?” Ele não é um anjo. E também não é o Verbo, pelo menos não na mesma forma que dos céus desceu à Terra. É um homem? É o Filho do homem? A resposta vem galopante em regozijo: “Sim! É o Homem que une homem e Deus, Terra e céus! É o Filho de Deus e Salvador do mundo! Ele é o Rei da Glória!”
Convido você a olhar e ver além das entrelinhas. A ultrapassar os limiares do tempo e mergulhar nos pormenores que nos libertam, até chegar do outro lado, onde estamos ressuscitados com ele, além da sombra – na substância! Venha comigo até Davi, ouvindo os ecos da proclamação messiânica de Isaías. Vamos adentrar no mundo anunciado profeticamente por Davi, que em Cristo é o Reino restaurado à nova criação, e o filho restaurado aos braços do Pai.
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