Trilha Sonora das Escrituras

Trilha Sonora das Escrituras

A história da raça humana, nas Escrituras, está narrada ao som de uma requintada trilha sonora. Ainda nos tempos do Antigo Testamento, podemos ver o quanto a música estava presente nas experiências do povo de Deus. Na saída do Egito, Moisés, extasiado com a libertação do seu povo, cantou alegremente ao Senhor. E Miriã com muitas outras mulheres juntaram-se à grande festa de celebração: “Então, entoou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao SENHOR, e disseram: Cantarei ao SENHOR, porque triunfou gloriosamente; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.” (Êxodo 15.1).

A música pode revelar um coração que conhece a Deus e que dá voz à sua Palavra, como também pode denunciar um coração distante do Deus vivo. Desta última forma, é capaz de produzir a qualquer momento murmuração, incredulidade, dúvida, ainda que cantando na empolgação de um momento favorável, uma música entusiasmada. Porém, a música que incorpora o espírito da fé é capaz de remover montanhas.

Vejamos o exemplo do rei Josafá: um poderoso inimigo levantou-se contra o seu povo, ele buscou ajuda no Senhor e recebeu a promessa de que seria protegido milagrosamente. Confiou incondicionalmente e permitiu que a música tomasse posição à frente da batalha. Os cantores e músicos se dispuseram a cantar a fé que afirmavam ter em Deus, os líderes inspiraram o povo e uma parceria de poder foi estabelecida (2 Crônicas 20.5-7).

Imagine que cena inusitada! De um lado um exército marchando com sangue nos dentes, armado de espadas e ódio. Do outro, homens comuns, impondo instrumentos musicais nas mãos e um canto carregado de fé e confiança nos lábios. Quando os cantores e músicos começaram a louvar, os exércitos inimigos foram desbaratados sem a força de um só soldado (2 Crônicas 20.1-30).

A música extravasou nitidamente a fé de um homem que, embora ungido para batalhar com a sua força e exércitos, decidiu crer na Palavra de Deus e apoderar-se do poder da música para transpor o intransponível. Esta música, cantada por um povo cheio de fé na Palavra de Deus, desbaratou o inimigo: “Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o SENHOR emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados.” (2 Crônicas 20.22).

A música de Deus é a nossa música, a música que ele deseja cantar em família, a música que ensina a sua sabedoria, que faz transbordar o seu amor e manifesta o seu poder. A música pode também ser utilizada como uma arma do bom combate da fé. Seja incorporando a espada do espírito ou o escudo da fé, e até mesmo o capacete da salvação ou a couraça da justiça, a música vence batalhas.

Há algo genuinamente Divino nas canções de quem adora o Pai em espírito e em Verdade. As coisas do Espírito e a verdade de Deus conseguem emergir do coração libertando a mente e suplantando toda influência opressora: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.” (Colossenses 3. 16).

Maria, escolhida para ser a mãe do Filho do homem, também cantou a sua música. Ela transformou a alegria inexplicável de ser a mãe do Messias, misturada à sua fé ainda em êxtase, em uma música de louvor: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador… porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome.” (Lucas 1.46-49). Que maneira gloriosa de extravasar o coração com uma boa influência para uma vida mais cheia de alegria e fé!

Extraído do livro “LOUVOR, ADORAÇÃO E AS COISAS DO CORAÇÃO” | Manassés Guerra
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