Pregando certa vez em uma sinagoga, conforme narrado nos Atos dos Apóstolos, Paulo falou sobre a ressurreição de Jesus citando uma passagem de salmos: “Nós lhes anunciamos as boas novas: o que Deus prometeu a nossos antepassados ele cumpriu para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus, como está escrito no Salmo segundo: ‘Tu és meu filho; eu hoje te gerei’”. (Atos 13.32-33 e Salmos 2.7). Veja que ele não faz uma conexão da profecia messiânica ao nascimento de Jesus em Belém, mas ao seu renascimento da morte. Jesus não somente ressuscitou fisicamente – outros já tinham ressuscitado desse tipo de morte. Ele ressuscitou espiritualmente. E a maior prova que ressuscitou tão filho de Deus quanto no nascimento em Belém, foi o fato de o Pai declarar: “Tu és meu filho; eu hoje te gerei”.
Na ressurreição, Deus gerou Jesus como o “primogênito dentre os mortos” (Colossenses 1.18). Ou seja, ele foi o primeiro que obteve vitória sobre o inimigo que derrotava todos os homens – a morte espiritual e eterna. Ninguém havia ainda conseguido ressuscitar, para nunca mais morrer! E a ressurreição, na forma em que foi narrada por Paulo – “eu hoje te gerei” – concorda com o que está relatado na sua carta aos romanos: “Acerca de seu Filho, que, como homem, era descendente de Davi, e que mediante o Espírito de santidade foi declarado Filho de Deus com poder, pela sua ressurreição dentre os mortos: Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Romanos 1.3,4).
Quando se tornou pecado com o nosso pecado, o Filho do homem perdeu a sua condição original, adquirida como Filho de Deus, na concepção do Espírito Santo. E o próprio Espírito o traz de volta à natureza santa do Pai e o ressuscita, quando Deus o declara justo. No ventre de Maria, o Filho de Deus, que segundo a carne era filho de Davi, foi concebido pelo Espírito Santo. Na ressurreição, a sua justiça e retidão reivindicaram a devolução da vida indissolúvel que o governara como filho de Deus santo e sem pecado.
A morte do Salvador foi a sentença das acusações que lhe foram feitas. Entretanto, nada foi provado contra ele. Assim, nem mesmo as reivindicações da morte podiam mais o deter! O pecado que lhe foi imputado não era seu – era o nosso pecado – e ele teria que voltar ao seu estado anterior de justiça. O Filho do homem, nascido de Deus, na identificação e substituição morre como os demais pecadores. No entanto, quando ressuscita, torna-se o primeiro a voltar à categoria de Filho de Deus, vencendo a morte que matava a todos os homens e readquirindo a vida eterna.
Com poder e glória “Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o Nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra”. (Filipenses 2.9,10). A sua vitória sobre a morte torna-se a nossa vitória e esperança. Pela fé no seu triunfo nos tornamos nova criação e adentramos na eternidade: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!.” (2 Coríntios 5.17).
Extraído do livro “A FESTA DA REDENÇÃO” | Manassés Guerra
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